Nick Cave and The Bad Seeds - "Straight To You"
"A credubilidade é a fraqueza do homem, mas a força da criança" Charles Lamb,Essays of Elia (1823)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Cromossoma 15
No
Museu do Prado em Madrid, estão pendurados um par de quadros de Juan Carreno de
Miranda (pintor da corte castelhana do sec. XVII), chamados La monstrua vestida
e La monstrua desnuda.
A causa genética da síndrome é a falta de uma parte do cromossoma 15. No entanto, tais características apenas se manifestam se a parte em falta do dito cromossoma for de proveniência paterna.
Estamos a falar do mesmo gene ou conjunto deles, não de formas alélicas diferentes. O que é notável aqui é que o gene “se lembre” da sua história. Isto é, não esquecendo que os genes são entidades biológicas que “viajam” de geração em geração, umas vezes presentes em organismos femininos outras em masculinos, não deixa de ser extraordinário pensar que esse facto possa vir a ser relevante na forma como o gene se expressa na geração seguinte, de acordo com a sua proveniência paterna ou materna. Isto acontece porque os genes são “marcados” quimicamente durante a conceção - nas células onde o gene está ativo a versão marcada do gene é “ligada” desencadeando todo o conjunto de eventos que levam à expressão das características respetivas (Prader Willi ou Angelmam).
Ainda muito falta saber sobre os genes e a molécula de ADN, mas exemplos como este mostram-nos que os genes estão longe de serem entidades simples.
A rapariga retratada chamava-se
Eugenia Martinez Vallejo e tinha 5 anos. Apresenta sinais evidentes de
obesidade, mãos e pés pequenos, tamnho corporal exagerado face à idade e olhos
e boca com formas “estranhas”. Foram provavelmente estas mesmas características
que levaram J. Miranda a retratá-la.
La monstrua vestida
e La monstrua desnuda (Juan Carreno de
Miranda)
Na altura não o poderiam saber
mas essas características constituem hoje o diagnóstico de uma doença genética
rara - síndrome de Prader Willi - identificada em 1956 por médicos suiços. Esta
condição define crianças molengonas de pele clara, que inicialmente recusam
mamar e mais tarde apresentam um apetite insaciável, sendo por isso que ficam
obesas. Têm mãos e pés pequenos e ligeiro atraso mental, apresentando, entanto,
uma extraordinária capacidade para juntar peças num quebra-cabeças.
A causa genética da síndrome é a falta de uma parte do cromossoma 15. No entanto, tais características apenas se manifestam se a parte em falta do dito cromossoma for de proveniência paterna.
Se acaso o segmento de ADN do
cromossoma 15 for de proveniência materna então aparecem outro conjunto de
características que agregadas constituem um diagnóstico de síndrome de
Algelman. Nestas, os indivíduos apresentam aspetos quase opostos da de Prader
willi - magros, tensos, hiperativos, cabeças pequenas, são bem dispostos,
movem-se aos solavancos, não aprendem a falar e têm atraso mental
significativo.
Estamos a falar do mesmo gene ou conjunto deles, não de formas alélicas diferentes. O que é notável aqui é que o gene “se lembre” da sua história. Isto é, não esquecendo que os genes são entidades biológicas que “viajam” de geração em geração, umas vezes presentes em organismos femininos outras em masculinos, não deixa de ser extraordinário pensar que esse facto possa vir a ser relevante na forma como o gene se expressa na geração seguinte, de acordo com a sua proveniência paterna ou materna. Isto acontece porque os genes são “marcados” quimicamente durante a conceção - nas células onde o gene está ativo a versão marcada do gene é “ligada” desencadeando todo o conjunto de eventos que levam à expressão das características respetivas (Prader Willi ou Angelmam).
Ainda muito falta saber sobre os genes e a molécula de ADN, mas exemplos como este mostram-nos que os genes estão longe de serem entidades simples.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Fernando Pessoa
"Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la... Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também..."
..."Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer. Que há-de alguém confessar que valha ou que sirva? O que nos sucedeu, ou sucedeu a toda a gente ou só a nós; num caso não é novidade, e no outro não é de compreender."
..."Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer. Que há-de alguém confessar que valha ou que sirva? O que nos sucedeu, ou sucedeu a toda a gente ou só a nós; num caso não é novidade, e no outro não é de compreender."
Fernando Pessoa (O livro do desassossego)
O Xisto de Burgess
Nas montanhas Rochosas
canadianas formou-se há 530 milhões de anos o Xisto de Burgess, onde jazem os restos de um mar antigo que
albergou mais seres vivos do que todos os que povoam actualmente os nossos
oceanos - criaturas inacreditavelmente bem conservadas, como o estranho Opabinia,
com cinco olhos, ou o Sidneyia, cujo tubo digestivo revela
ainda a última refeição que tomou. A sua descoberta data do início do século
por Charles Walcott
Este xisto reveste-se de grande importância
para a paleontologia porque data de um tempo em que a vida na Terra passou por
modificações significativas. Esse acontecimento é conhecido hoje pela expressão,
“explosão câmbrica” - (explosão
de formas de vida, entenda-se). A explosão Câmbrica foi o
aparecimento relativamente rápido, (em termos geológicos), dos
filos mais importantes à cerca de 530 m.a. atrás,
conforme encontrado no registo
fóssil. Este surgimento foi acompanhado por uma grande
diversificação de outras formas de vida, incluindo animais,
fitoplâncton,
e calcimicróbios. Até à cerca
de 580 m.a. a maioria dos organismos eram simples, compostos de células
individuais ou ocasionalmente organizadas em colónias.
Nos 70 ou 80 m.a. seguintes a taxa de evolução
foi acelerada em uma ordem de magnitude (conforme definido em termos
da relação entre extinção e origem de espécies) e a diversidade da vida começou
a parecer-se com a atual. É neste período que ficam definidos os grandes grupos
de seres vivos que hão-de chegar até ao presente .
Este acontecimento da explosão câmbrica, foi alvo da atenção (sempre atenta) de Charles Darwin, que lhe dedicou uma secção inteira d´A Origem das espécies. A grande variedade de organismos marinhos nessa época sugere que já se tivesse desenvolvido uma cadeia alimentar estruturada, semelhante à que se encontra nos modernos ecossistemas marinhos. Aliás, esta fauna caracteriza-se por apresentar uma variedade maior de organismo do que a encontrada nos dias de hoje, nomeadamente no que se refere a diversidade de grupos anatómicos de seres vivos. Nos fósseis encontrados em Burgess encontram-se alguns cujos "planos corporais" não encaixam em nenhums dos grandes grupos de seres vivos, ou então, apresentam características que se identificam simultaneamente com dois grupos.
Citando Stephen Jay Gold, no seu livro "A vida é bela" - "Como principal atração, o xisto de Burgess ensina-nos uma incrível diferença entre a vida passada e a presente: com muito menos espécies, o xisto de Burgess contém uma disparidade de planos anatómicos que excede em muito o conjunto existente atualmente em todo o mundo".
Reconstituição do Marrella
Fóssil de Marrella - trata-se um fóssil de um artrópode semelhante a um camarão (embora apresente características corporais distintas das dos crustáceos modernos)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Eis saturno...
A cientista Caroline Porco mostra imagens de saturno tiradas pela sonda espacial Cassini. Para além disso, fala ainda sobre algumas das luas deste gigante gasoso do sistema solar.
Ted Talks (out. 2007)
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
ADN e meiose
Não existe nenhuma maneira de ver directamente moléculas e o que elas
fazem. Aqui, Drew Berry, mostra-nos as suas
precisas e divertidas animações que ajudam investigadores a ver os
processos invisíveis que ocorrem dentro das nossas próprias células.
Ted Talks - Drew Berry
Roger Waters e Foo Fighters
E aí está o senhor Roger Waters com os seus sessenta e oito anos e a cantar e tocar com a chama toda. Está bem que o acompanhamento dos Foo Fighters dá a força necessária à música, uma vez que a ele, já lhe vai faltando alguma naturalmente. Mas o importante para mim foi ver que continua a tocar música com vontade e a fazê-lo com prazer (como se pode ver e ouvir), mesmo depois de tantos anos.Uma grande prestação ao vivo em 2011 de um grande artista do mundo.
"R. Waters e Foo Fighters ao vivo no Jimmy Fallon"
domingo, 23 de dezembro de 2012
Ted Talks
As abelhas estão a desaparecer rápida e misteriosamente das áreas
rurais com graves implicações na agricultura. Mas as abelhas parecem
prosperar em ambientes urbanos - e as cidades também precisam da sua ajuda. Aqui é sugerido (e bem) que a apicultura urbana pode desempenhar
um papel na revitalização tanto das cidades quanto da espécie. Boas ideias para um futuro melhor, digo eu. Normalmente a relação com as abelhas não é fácil - são insetos e picam, por isso há um receio natural a elas. Mas existe também a falta de perceção de que para a abelha a decisão de picar não acontece em qualquer circuntância. Com mais informação tenho a certeza que a tolerância relativamente a estes insetos aumentará e com isso, melhorará também a nossa qualidade de vida. A apresentação poderá também revelar-se informativa para os que já cultivam uma boa relação interespecífica com estes "bichinhos" ;).
sábado, 22 de dezembro de 2012
Pink Floyd
Pink Floyd - "Time"
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
Home, home again
I like to be here when I can
And when I come home cold and tired
Its good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
Home, home again
I like to be here when I can
And when I come home cold and tired
Its good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Waterboys
"The stolen child" é um poema de William B. Yeats, escrito em 1886 e musicado pelos Waterboys em 1988 no álbum "Fisherman´s Blues". O refrão do poema aparece também, por várias vezes, no filme de S. Spielberg, "Artificial Intelligence".
The Waterboys - The Stolen Child
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
Fungos
Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais, tendo a
partir de 1969, passado a ser classificados num reino próprio (Reino Fungi). Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem a sua
diferenciação das plantas:
não sintetizam clorofila,
não tem celulose na sua parede celular, (exceto alguns fungos aquáticos)
e não
armazenam amido como substância de reserva.
A presença de substâncias quitinosas na parede da maior parte das espécies
fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogénio aproxima-os mais às células
animais.
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como as leveduras,
ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores
São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta (fungos
saprofíticos), ou viva (fungos parasitários). Os fungos desempenham por isso um importante papel no funcionamento dos ecossistemas, promovendo a reciclagem da matéria através da decomposição.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Waterboys
Waterboys em vinil! Com os saudosos "estalinhos".
I saw the whole of the moon. Thank you Mike Scott and The Waterboys.
The Waterboys - "The whole of the moon"
domingo, 9 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)