sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DISCURSOS POLÍTICOS

          Num tempo em que os políticos são cada vez mais imagens de marca, “vendidos” com base nas mesmas estratégias que se usam para vender iogurtes, não me admira a admiração (foi só para enfatizar) que muitos têm pelo actimel da danone. É o que pode acontecer a quem confunde notícias com espectáculo.
“O OMO lava mais branco”.
CLAP, CLAP, CLAP, CLAP

          Claro que este tipo de técnica está cada vez mais generalizado em ambos os hemisférios políticos. A técnica é que assume o papel importante na mensagem. É mais fácil. Não me consta que haja desempregados nesses nichos de mercados que são a gestão de imagem e afins.

          Tenho saudades discursos políticos mais do género, let´s see (também sei falar linguagem da moda, neste caso… o estrangeiro), Benjamin Franklin:

          “Hoje, um homem possui um burro que vale 50 dólares e tem o direito de votar; mas antes antes das próximas eleições o burro morre. Entretanto, esse homem adquiriu mais experiência, sabe mais sobre os princípios de governo e conhece melhor a humanidade, estando portanto, em melhor posição para escolher correctamente os seus governantes - mas o seu burro morreu e o homem já não pode votar. Ora digam-me, por favor, meus senhores, a quem pertence o direito de voto? Ao homem ou ao burro?”

          Não era preciso ir tão atrás no tempo para exemplificar. Mas gosto deste, pronto. Há lá conteúdo político. Hoje é mais: “Vamos lá para o Iraque combater o mal" e tal.

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