Eu já tinha visto esta árvore nos últimos dois outonos. Aliás, em bom rigor, vejo-a quase todos os dias. No caso, refiro-me mais concretamente às cores magníficas que este Liquidâmbar veste por esta altura do ano.
Este ano não a deixei escapar!
Ontem ao final da tarde, o sol espreitou fugazmente por entre as nuvens cinzentonas... e eu vi-o!
Aos tons infernais vestidos a esta árvore pelo Outono, juntou-se-lhe um pouco da tonalidade rubra característica de alguns entardeceres. Esta conjugação fortuita de casualidades criou a oportunidade para que o Outuno se manifestasse nesta árvore de uma forma tão exuberante. ("Outuno" ainda vai com maiúscula
porque sim!... Os meses ainda vá lá, agora as estações do ano é que não,
aí é que não temos acordo possível!). A bem da verdade, diga-se com toda a justiça, que a companheira perene ali ao lado também ajudou a fazer o quadro.
"As duas manas"
Mas o quadro ainda não estava terminado... Demetra, aproveitando aqueles raios de sol, resolve coroar a princesa vestida de árvore com um ténue arco-íris... também o vi!
Depois, o sol escondeu-se e a chuva tornou-se copiosa.
O arco-íris mal se vê, o que deve ser mais um capricho dos deuses! O resto é tudo "au naturel", como diz o outro.
"Tons de Outono"