segunda-feira, 14 de abril de 2014

Fotografia - "Vida de abelha"

"Vida de abelha"

Pixies - Curtinhas... mas enormes!

Saúdo desta maneira, pequenina, o regresso desta banda à criatividade. Se tiver que o fazer, farei depois por aqui um tributo maior à música dos Pixies, que acompanho desde os finais dos anos oitenta do século que já passou. Por agora fico-me pela lembrança destas pequenas grandes expressões musicais de encher a alma... aguente quem conseguir!
Devem ser ouvidas da mesma maneira como foram feitas - com a largueza e intensidade toda dos sentidos! Senão for assim desconfio que se possa confundir com barulho... 

Pixies - "Brick is red"


Pixies - "I´ve tired"

Pixies - "I´m Amazed"

Pixies - "Tame"

Pixies - "Isla de encanta"

Pixies - "La la love you"

Pixies - "Levitate me"


Pixies - "Gouge away"

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Pixies - "Greens and blues"

Pixies - "Greens and blues"

Cait O'Riordan - "I'm a Man You Don't Meet Every Day"

Cait O'Riordan - "I'm a Man You Don't Meet Every Day"

Fotografia - "Flores"

"Flores"

Pílula para reduzir QI

"Pílula para diminuir o QI"

Fernando Pessoa - Várias citações



"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."


"Ninguém entende ninguém. Tudo é interstício e acaso, mas está tudo certo."



"Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma."


Daily Show

domingo, 6 de abril de 2014

Agostinho da Silva - "Considerações sobre justiça"

Emendaria apenas (se me for permitido emendar o que seja do que foi escrito por este homem), a premissa da "intelectualidade". Eu, ficar-me-ia pela condição de se ser "apenas" humano. 
  
"Não te poderás considerar um verdadeiro intelectual se não puseres a tua vida ao serviço da justiça; e sobretudo se te não guardares cuidadosamente do erro em que se cai no vulgo: o de a confundir com a vingança. A justiça há-de ser para nós amparo criador, consolação e aproveitamento das forças que andam desviadas; há-de ter por princípio e por fim o desejo de uma Humanidade melhor; há-de ser forte e criadora; no seu grau mais alto não a distinguiremos do amor." 
Agostinho da Silva

The Church - "Under The Milky Way"

The Church - "Under The Milky Way"

Fotografia - "Cerca na areia"

"Cerca na areia"

sábado, 5 de abril de 2014

Poesia - "A guerra do sentir na paz das palavras"

A extenuação obriga-me a procurar a paz do sono...
A natureza que tenho leva-me, antes disso, à contenda do sentir.
Teimo em querer viver…


É uma espécie de coragem néscia e vã esta,
a de verter no branco e vazio do papel do tempo
umas quaisquer palavras minhas.
Um tonto que procura a batalha, portanto.
Podia valer-me das dos outros, melhores e maiores.
Mas não seriam as minhas. Teriam nascido de outras guerras,
e eu, teimoso, teimo ter uma luta que seja só minha.

Nem sempre precisam de contenda, as palavras.
Mas estas que busco, de tão enredadas em mim,
só à força de severa peleja se mostrarão.
Acresce ainda a dura disputa que será juntá-las,
numa sintaxe e gramática suficientemente capazes
da sempre difícil aprovação do meu juízo.

Estas que procuro, tão cheias me parecem aos olhos da alma,
que sinto ser impossível deixá-las em mim perdidas.
Bem sei que não passa de uma ilusão… fantasias da razão.
São, objetivamente, uma subjetividade minha.
Nunca serão grandes senão em mim. Aos outros,
serão apenas palavras de melhor ou pior combinação estética.

Numa realidade cientifica que têm
mais não são do que formas codificadas
de tentar expressar o que não tem expressão.
Noutra realidade paralela dentro de mim
alongam-se do silêncio até ao grito do que sou.

Não são princípios de nada, nem fins.
São meios. Por isso, estas estão para sempre condenadas
a viver entaladas no sentir que há no viver,
à espera que a consciência as veja
e a determinação e atenção peguem nelas.

No principio é uma vontade qualquer que as vasculha por lá,
no emaranhado de sentir que a alma tem em mim.
No fim, é um intuito qualquer que as escolhe.
O resto fica nas mãos da inteligência que cada um tem.
Essa é a única ferramenta capaz.

Só ela é competente para as ver no caldo químico que a alma é:
de procurar os átomos de que são feitos os sentimentos;
de escolher quais se ligam e fazem moléculas maiores;
de combinar moléculas e formar substâncias com propriedade,
que juntas fazem a matéria do que sou por dentro.
Sinto e penso, penso e sinto.

Vivo assim…
com a propriedade de cada substância que a minha alma tem
e, às vezes, penso até que vi e compreendi a matéria que sou.

Jorge Araújo

Fotografia - "Da cabeça à boca"

"Da cabeça à boca" (Escultura no Hotel do Sado - Setúbal)