quinta-feira, 29 de maio de 2008

COISAS DO DEMÓNIO...

O patrocinador oficial da Selecção Portuguesa de Futebol (a GALP), parece que já estava a adivinhar e, pelo sim pelo não, lá nos foi avisando. E lá estão os portugueses a empurrar a carroça da GALP, com uma pequena ajuda de cada um de nós vão ver que até nem custa nada - um veículo movido a energia positiva.

Não tivéssemos adquirido nós, na escola, a competência para reconhecer logo ali a metáfora e, se calhar, ainda víamos ali uma piada de mau gosto... Como se dizia noutros tempos, "ele há coisas do demónio..."



sexta-feira, 23 de maio de 2008


NATUREZA HUMANA
 
Na Idade Média, o protótipo de aldeia britânica possuía um campo comum para o gado pastar. Cada aldeão partilhava o terreno comum e era autorizado a colocar lá quantas cabeças de gado quisesse. O resultado era que, frequentemente, o terreno comum era sobrexplorado. Se cada aldeão fosse encorajado a exercer algum controlo, a pastagem comum poderia suportar muito mais gado. Esta «tragédia das pastagens comuns» tem sido repetida vezes sem conta ao longo da história do homem. Baleias, florestas e aquíferos foram tratados do mesmo modo. Para os economistas, a tragédia dos Comuns é uma questão de posse.
A falta de um dono único das pastagens comuns ou das áreas de pesca significa que toda a gente partilha igualmente o custo do excesso de pastagem ou de pesca. Mas o indivíduo que pasta uma vaca a mais, ou o pescador que apanha uma rede cheia a mais, ainda recebe a recompensa total dessa vaca ou dessa rede. Por isso colhe os benefícios individualmente e partilha os custos publicamente. Para o indivíduo é um bilhete de ida para a riqueza e para a aldeia é um bilhete de ida para a pobreza. Individualmente, o comportamento racional conduz a um resultado colectivo irracional. O borlista ganha à custa do bom cidadão.
          As sociedades humanas baseiam-se, a par das “organizações naturais”, passe a redundância, em dois tipos de relacionamentos: a cooperação e a competição. Sem cooperação as cidades não seriam uma comunidade. Sem competição não seríamos seres vivos. Encontrar o equilíbrio entre cooperação e competição deveria ser o objectivo da política.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

PRIMAVERA


Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera (passada).

A realidade não precisa de mim.
...

O que for, quando for, é que será o que é.

Alberto Caeiro









sábado, 17 de maio de 2008

E PORQUÊ?



O cromossoma 2 é um dos 23 pares de cromossomas do cariótipo humano. É o segundo maior cromossoma humano. Tem cerca de 237 milhões de pares de bases e representa quase 8% do total de ADN nas células. Contém entre 1300 e 1800 genes.




Até 1955 pensávamos que os seres humanos tinham 24 pares de cromossomas.
Era apenas um daqueles factos que todos tinham como certos. Sabíamos que estava certo porque em 1921 um texano chamado Theophilus Painter cortou finas secções dos testículos de dois homens negros e de um branco, castrados por insanidade e «auto-abuso», fixou os cortes com produtos químicos e examinou-os ao microscópio. Ao tentar contar  os cromossomas, Painter chegou ao número 24. «Sinto-me seguro de que isto está correcto», disse ele. Todos concordaram que eram 24.
          Durante 30 anos ninguém disputou este «facto». Foi só em 1955, com um indonésio de nome Joe-Hin Tjio, que utilizando melhores técnicas, viu claramente 23 pares de cromossomas. Muitos voltaram atrás e contaram 23 pares em fotografias de livros onde a legenda dizia que existiam 24 pares. De facto, é muito surpreendente que os seres humanos não tenham 24 pares de cromossomas.  
Os chimpanzés têm 24 pares de cromossomas, assim como os gorilas e os orangotangos. Entre os grandes antropóides nós somos a excepção. Ao microscópio, a diferença mais óbvia e surpreendente entre nós e todos os outros grandes primatas é que temos um par a menos. A razão, que imediatamente se toma evidente, não consiste em ter desaparecido em nós um par de cromossomas dos grandes primatas, mas sim em dois dos cromossomas dos grandes primatas se terem fundido. O cromossoma 2, o segundo maior dos cromossomas humanos, é de facto formado a partir da fusão de dois cromossomas de médias dimensões dos grandes primatas.

“A espécie humana não é de modo algum o apogeu da evolução. A evolução não tem um apogeu e uma coisa como o progresso evolutivo não existe. A selecção natural é simplesmente o processo através do qual as formas vivas se transformam para se ajustarem à miríade de oportunidades fornecidas pelo ambiente físico e pelas outras formas vivas."